Há um ano, era deflagrada a maior greve dos/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais da história, em tempo e mobilização
8 de junho de 2011. Essa data ficou na memória de todos/as os/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais,
pois, há exatamente um ano era deflagrada em todo o Estado a maior
greve dos profissionais do ensino público em termos de tempo, número,
disposição para luta e resistência.
Uma
greve histórica, que durou exatamente 112 dias, vindo a encerrar-se no
dia 28 de setembro do mesmo ano, após um acordo com o Governo do Estado
(que não foi cumprido pelo mesmo).
Uma
greve que mobilizou não só os educadores, mas de toda a classe
trabalhadora que luta por um salário digno e valorização da carreira e
da profissão frente ao implacável patrão, o Governo. E que reivindicava
seu mais legítimo direito: o cumprimento da Lei Federal nº 11.738/2008,
que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).
E
foi justamente pela negligência e descaso do Governo de Minas, que
julga ser possível uma educação de qualidade ao pagar como piso ao
educador R$ 369,00, não valorizar a carreira e deixar as escolas sem
nenhum investimento, que a categoria resolveu se unir e dizer “basta”.
Um
movimento extremamente significativo do ponto de vista da unidade e do
fortalecimento dos trabalhadores e trabalhadoras em educação.
Conquistamos o apoio de vários segmentos de trabalhadores.
Conseguimos
furar o ‘bloqueio’ da mídia, que foi forçada a mostrar a greve da
educação, coordenada pelo Sind-UTE/MG, estando presente nos noticiários,
apesar da força do Governo. Tivemos, mais do que nunca, êxito em nossas
manifestações e mobilizações, como os atos na Cidade Administrativa, na
Praça Sete (que parou a cidade, para que fôssemos ouvidos), nas
rodovias estaduais e federais (MG-010, BR-381), e em cidades históricas
como Mariana e Tiradentes.
Decidimos
em assembleia pela suspensão da greve no dia 28 de setembro de 2011,
mediante acordo do Governo que não cumpriu o assinado, ou seja, pagar o
Piso como vencimento básico e na carreira. Pelo contrário, ele implantou
um novo modelo de subsídio que congelou a carreira e achatou o salário
da categoria. Ainda assim, nosso exemplo de unidade, mobilização e força
permanece.
Queremos, junto com a população e com vocês alunos e alunas:
- levantar nossa voz e, de forma pacífica, mas decidida;
- cobrar do Governo, mais uma vez, e quantas forem necessárias, que nosso direito está posto por meio de lei federal que institui o Piso Nacional
Estamos
nos mobilizando de novo e na mesma intensidade para valer nossos
direitos, na certeza de que, os apoios ao nosso movimento irão crescer
paralelamente à indignação das pessoas ao serem informadas da dura
realidade da educação mineira.
CONTINUAMOS RESISTINDO E LUTANDO POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, PELA CONQUISTA DO PISO SALARIAL E PELA CARREIRA
Matéria completa publicada em: http://www.sindutemg.org.br
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