sexta-feira, 26 de julho de 2013
Assembleia Estadual com paralisação total de atividades
"... a luta em favor do respeito aos educadores e à educação inclui que a briga por salários menos imorais é um dever irrecusável e não só um direito deles. A luta dos professores em defesa dos seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade docente, mas algo que dela faz parte." Paulo Freire
Paulo Freire e luta cotidiana dos professores
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Paulo Freire e luta cotidiana dos professores
PAULO FREIRE: SOU PROFESSOR A FAVOR DA LUTA CONSTANTE CONTRA QUALQUER FORMA DE DISCRIMINAÇÃO E CONTRA A DOMINAÇÃO ECONÔMICA
“Não posso ser professor se não percebo cada vez melhor que, por não poder ser neutra, minha prática exige de mim uma definição. Uma tomada de posição. Decisão. Ruptura. Exige de mim que escolha entre isto e aquilo.
Não posso ser professor a favor de quem quer que seja e a favor de não importa o quê.
Não posso ser professor a favor simplesmente do homem ou da humanidade, frase de uma vaguidade demasiado contrastante com a concretude da prática educativa.
Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.
Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.
Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.
Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo. Sou professor contra o desengano que me consome e imobiliza.
Sou professor a favor da boniteza de minha própria prática, boniteza que dela some se não cuido do saber que devo ensinar, se não brigo por este saber, se não luto pelas condições materiais necessárias sem as quais meu corpo, descuidado, corre o risco de se amofinar e de já não ser o testemunho que deve ser de lutador pertinaz, que cansa mas não desiste. Boniteza que se esvai de minha prática se, cheio de mim mesmo, arrogante e desdenhoso dos alunos, não canso de me admirar.”
(Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia, São Paulo, Paz e Terra, 2011)
quinta-feira, 18 de julho de 2013
Beatriz Cerqueira avalia o resultado da reunião com o governador Anastasia
Acompanhe, na íntegra, a fala da coordenadora-geral do Sind-UTE/MG
Aconteceu
nesta quinta-feira (18/07), uma reunião entre o Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o governador de
Minas Gerais, Antonio Anastasia, a Secretária de Estado da Educação
(SEE), Ana Lúcia Gazzola, e representantes de várias entidades
sindicais.
Logo
após a reunião, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG e presidenta da
CUT/MG, Beatriz Cerqueira, falou com a imprensa e fez uma avaliação
pontual de todos os itens da reunião, que só aconteceu, segundo ela, a
partir de um pedido do Sindicato.
Fotos: Cedidas por Gian Martins/Mídia Ninja
Assessoria de imprensa: Eficaz Comunicação (31) 30476122
Sind-UTE/MG cobra do governador do Estado o pagamento do Piso Salarial e o descongelamento da carreira
Após reunião, que acontece agora, haverá coletiva de imprensa
Acontece,
nesse momento, na cidade Administrativa/Palácio Tiradentes, em Belo
Horizonte, uma reunião entre representantes do Sindicato Único dos
Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e outras
entidades sindicais, o governador do Estado, Antonio Anastasia e a
secretária de Estado da Educação, Ana Lúcia Gazzola.
Além
do cumprimento do acordo firmado em setembro de 2011 – pagamento do
Piso Salarial como vencimento básico e o imediato descongelamento da
carreira da categoria, o Sind-UTE/MG também cobra do executivo outros
itens da pauta de reivindicações da Campanha Salarial Educacional 2013.
A imprensa não está autorizada a acompanhar a reunião, que acontece hoje (18/07), desde às 10h e tem previsão de término para 12h. Mas, os jornalistas estão no local e logo após o encontro, que acontece à portas fechadas, haverá uma coletiva de imprensa.
A
coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, antes da reunião,
falou sobre a possibilidade de paralisação e greve, especialmente, em
virtude dos retornos insuficientes do governo do Estado.
Segundo
ela, a pauta dos educadores é grande e contém vários itens importantes.
No entanto, o que é mais relevante para a categoria são o pagamento do
Piso Salarial e a carreira. “Um professor que lecione 15, 20 anos
receber o mesmo salário que um profissional que acabou de ingressar na
sala de aula é um absurdo”, afirma.
Fotos: Cedidas por Gian Martins/Mídia Ninja
Sind-UTE/MG
Assessoria: Eficaz (31) 3047-6122, 9968-0651 e 9968-0652
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Dia Nacional de Luta marca unidade das Centrais e Movimentos Sindical, Social e Estudantil
Trabalhadores em Educação participam do Dia Histórico, após realização de Assembleia Estadual da categoria
Mais de 10 mil pessoas participaram do Dia Nacional de Lutas nesse 11 de julho, em Belo Horizonte. Para a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, a atividade superou todas as expectativas.
“Um
dia histórico. Participaram do Dia Nacional de Luta os movimentos
sindical, estudantil, social e as Centrais Sindicais – todos estiveram
presentes nas atividades do dia 11 de julho em Belo Horizonte e
em várias outras cidades mineiras. Tivemos uma adesão significativa de
várias categorias: metroviários, eletricitários, urbanitários, vários
setores do comércio, bancários, educação, saúde, metalúrgicos,
petroleiros, servidores administrativos da UFMG, nossa Confederação de
servidores públicos e a confederação do comércio chamou greve geral,
além da juventude organizada que participou das atividades.”
A
concentração teve início às 10h na Praça 7, centro da capital, de onde
os manifestantes seguiram em passeata pela cidade, que terminou às 18h,
na porta da Globo Minas.
Pela
manhã, na Assembleia Legislativa, alguns líderes sindicais de várias
Centrais entregaram a pauta da classe trabalhadora ao presidente da
Casa, deputado estadual Dinis Pinheiro.
Marcha pela Cidade
A
caminhada recebeu os trabalhadores em educação na altura da Assembleia
Legislativa, que se uniram ao movimento, após a realização de Assembleia
Estadual. Segundo Beatriz Cerqueira foram definidos os pontos de protesto com significado das pautas dos movimentos que estão nas ruas.
Prefeitura de Belo Horizonte:
lembrar que a redução da passagem não significa que o prefeito
conseguiu resolver todas as demandas populares da capital, por isso, é
necessário manter a pressão em relação à Prefeitura.
Banco central:
ponto para simbolizar todas as nossas pautas que se relacionam ao
governo federal: fim do fator previdenciário, redução da jornada de
trabalho sem redução de salário, não à terceirização e o projeto 4330,
que está na Câmara dos Deputados, que é prejudicial ao trabalhador.
ALMG e Cemig: foram pontos de protesto contra o governo do Estado. O Executivo mineiro não investe o mínimo de 25% na educação e 12% em saúde e a
Assembleia Legislativa é conivente com essa prática, aprovando as
contas do governo, mesmo sem o investimento mínimo constitucional.
Em
relação à Cemig, temos que lembrar que a cada 45 dias morre um
trabalhador em serviço. Além disso, a estatal tem uma das mais altas
taxas de conta de luz do país, tanto que os movimentos sociais estão
organizando um plebiscito, que vai discutir a questão da energia no
estado, no final de outubro.
Rede Globo:
o objetivo claro é que queremos a democratização dos meios de
comunicação. É preciso ouvir igualmente os trabalhadores como ouvem
patrões e governos, é necessário que não haja manipulação de informações
para que a sociedade saiba dos problemas e cada cidadão possa fazer seu
juízo de valores.
Depoimentos
Durante
a marcha, os manifestantes ocuparam o Elevado Castello Branco, que dá
acesso à Região Noroeste da cidade e exigiram a mudança do nome do
viaduto para Dona Helena Greco, ex-vereadora e ativista dos direitos
humanos, que morreu em 2011. Para os manifestantes, o elevado deveria simbolizar a vida e não a morte, por lembrar um dos generais que presidiram o Brasil durante a ditadura militar e responsável por assassinatos e desaparecimentos de opositores do regime de exceção.
Segundo Jairo Nogueira – coordenador-geral do Sindieletro e secretário-geral da CUT/MG, as manifestações do Dia Nacional de Luta é um marco no país. “O ato de rua é a forma mais direta da população participar da questão política do Brasil e o
clamor dos trabalhadores e da sociedade precisam ser ouvidos. Da mesma
forma, o plebiscito, estamos organizando um para final de outubro pela
redução da tarifa em Minas, que tem a mais alta conta do Brasil.”
Para
o presidente do Sindifisco/MG, Lindolfo Fernandes a força é capaz de
promover mudanças. “Estamos denunciando questões de injustiças
tributárias aqui no estado e fomos processados pelo governo do estado e
pelo PSDB. Sabem porque? O empresário não paga tributo nesse país, só a
classe trabalhadora. Estamos na porta da TV Globo, aqui os trabalhadores
da emissora pagam 25% de ICMS na conta de telefone enquanto a empresa,
nada paga, tem percentual zero. Precisamos mudar esta regra do poder
econômico e temos que democratizar essas informações.”
Shakespeare Martins de Jesus, da Direção Executiva da CUT Nacional comemorou a força do Dia Nacional de Lutas em todo o país. “O
dia de hoje demonstra a mobilização e unidade dos trabalhadores, era
disso que nós estávamos precisando. Depois das várias manifestações em
junho, começamos julho com este marco da história dos trabalhadores em MG e no país. O Brasil está
totalmente paralisado – rodovias, escolas, bancos, indústrias, então os
trabalhadores estão mostrando que estão acordados, mobilizados e
queremos que os governos federal, estaduais e municipais abram
negociação e discutam com os trabalhadores. Defendemos o fim das
terceirizações no país, o fim fato previdenciário, a redução da jornada
do trabalho, além de melhorias nos setores como saúde, transporte,
educação – queremos que o governo preste atenção e atenda o que os
trabalhadores estão reivindicando.”
Para André Veloso, do PSOL e da recém criada Assembleia Popular Horizontal de Belo Horizonte, o Dia Nacional de Luta representa um divisor de água para o Brasil. “Entendemos que este dia é um processo que dá fôlego às manifestações no Brasil todo
que, num sentido geral, são pelo empoderamento popular. Queremos que os
trabalhadores façam parte do poder, do processo decisório, que o poder
não seja concentrado nas mãos de tão poucos. Entendemos também que o
processo de luta dos sindicato é muito importante, mas eles têm que
conseguir dialogar com essa massa mais ampla que compôs as manifestações
em junho, quando criamos Assembleia Popular Horizontal, amplamente
democrática, que tenta elaborar pautas pelo debate e com profundidade para construir um país justo.”
O
ato na porta da Rede Globo foi o encerramento da atividade na capital.
Na oportunidade, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG defendeu a
democratização da comunicação e lembrou a postura da emissora durante a
greve histórica dos 112 dias do Sind-UTE/MG. “Esta emissora significa muito para os governos de Minas e para
o poder econômico. Não vou me esquecer nunca os 20 segundos que davam
aos educadores nas greves e as gravações de estúdio com o governador
Antonio Anastasia e a secretária de Administração Renata Vilhena, para
que eles pudessem mentir para a população. Queremos que os meios de
comunicação nos respeitem, não manipulem as informações, passem a ouvir o
povo. O recado está dado e tem outros veículos que merecem a nossa
visita”, concluiu Beatriz Cerqueira.
Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação
Os educadores participaram da Assembleia, que aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
O
calendário aprovado inclui os dias 07 e 10 de agosto - quando os
educadores participarão do Dia D nas escolas estaduais. Também ficou
definida nova greve por tempo determinado, 24 horas, no dia 14 de
agosto. Na véspera, 13 de agosto, está agendada reunião na Secretaria de
Estado da Educação.
A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira
afirma que a paralisação e greve são necessárias porque os retornos do
governo têm sido insuficientes, além de ignorar o acordo firmado com a
categoria. “Nossa pauta é extensa, mais os principais pontos são o
pagamento do Piso Salarial e a carreira. Não é possível que um professor
que lecione 15, 20 anos receba o mesmo salário que um profissional que
acabou de ingressar na sala de aula, isso é inadmissível.”
Beatriz Cerqueira
lembra ainda que tem uma promessa de reunião com o governador Antonio
Anastasia para os próximos 15 dias, quando, segundo ela, os problemas da
educação serão, mais uma vez, postos na mesa.
Fotografias: Taís Ferreira
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Trabalhadores em educação de Minas Gerais se mobilizam em defesa da educação pública de qualidade e pelo pagamento do Piso Salarial
fotografias: Taís Ferreira |
Os educadores de Minas Gerais saíram às ruas de Belo Horizonte nesta quinta-feira (04/07) para, mais uma vez, dialogar com a população e dizer a todos, em alto e bom tom, que o governo de Minas não paga o Piso Salarial, congela a carreira da categoria, não oferece atendimento digno no Ipsemg, não nomeou todos os concursados para os cargos vagos e não investe os 25% da receita do Estado na educação, conforme determinação da Constituição Federal.
Em
Campanha Salarial Educacional 2013, os trabalhadores em educação
realizaram no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma nova
Assembleia Estadual com paralisação total das atividades nas escolas.
Os
cerca de dois mil manifestantes decidiram que - no próximo dia 11 de
julho, data em que a Central Única dos Trabalhadores (CUT), outras
Centrais Sindicais e movimentos sociais chamam para uma greve nacional -
farão greve de 24 horas com paralisação de atividades em todo o Estado.
A
categoria também fez avaliações positivas da greve por tempo
determinado ocorrida nos dias 17, 18, 22, 26 e 27 de junho, com atos nas
proximidades do estádio do Mineirão, quando da realização das partidas
de futebol pela Copa das Confederações, em Belo Horizonte, além de
manifestações regionais.
Segundo
a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação
de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, a estratégia foi
acertada, pois, além dos educadores terem pontuado os problemas vividos
pela educação em Minas, também conseguiram dialogar com a sociedade e
com turistas do Brasil e do exterior.
Além
disso, segundo ela, o povo nas ruas tem dado demonstrações de força e
desmoralizado os governantes, enquanto o Sind-UTE/MG conseguiu junto ao
Supremo Tribunal Federal (STF), desmoralizar o governo de Minas, na sua
tentativa de impedir que os educadores saíssem às ruas para se
manifestar.
Calendário aprovado
11/07 - Greve de 24 horas com Assembleia Estadual para avaliar o que o governo estadual apresentará na reunião do dia 10.
Em tempo: Para dizer que o governo do Estado marcou reunião com os sindicatos para o dia 10 de julho. Esta reunião foi agendada após a greve por tempo determinado, realizada pela categoria em junho e acontecerá às vésperas de nova Assembleia Estadual da categoria.
Publicado em: http://www.sindutemg.org.br
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